5 february by Filter Kaffee |
E
até consegui seguir em frente, fiz uma promessa pra Iemanjá e te lancei ao mar
como oferenda. Querendo livrar-me de ti, te arrancar das minhas memórias, dos
meus sonhos e dos meus desejos mais recônditos e impronunciáveis.
Pedi que nunca mais
voltasse, que a meia luz meu amor morresse. Antes que não pudesse mais conter
em mim o peso da tua alma. E a cada despedida raivosa e silenciosa eu
inconscientemente reacendia em mim a falta da tua presença. Procurava em todos
os olhos, os teus olhos...
Observava os cantos, os transeuntes na esperança de que
entre eles você estivesse escondido, esperando a hora certa de regressar. E eu
por diversas vezes, no escuro do meu quarto ensaiei meu discurso, minhas expressões
faciais e traduzi tudo num roteiro perfeito...
Você estava ali perante mim e eu só precisava ser sincera,
me expor.Rasgar meu peito e te mostrar a quantas andava meu coração e como ele
contou cada miserável dia da tua ausência.E você me aceitaria, me embalaria nos
teus braços e o teu silêncio diria tudo. Inclusive o indizível.
Sou piegas, confesso. Mas, fato mesmo é que você está aqui.
Dorme agora na cama a meu lado e teus braços são meus lençóis, teu sorriso meu
sol e todas as tuas palavras me soam como canções. Canções de Cartola, de Noel ,de
Cazuza. Por que eu sou meio bossa nova e você rock and roll.
Boa
noite, meu bem.
Ananda
Sampaio
2 comentários:
Há certas histórias de amor que sempre nos provocam a reescrevê-las de diversas formas, atribuindo - as versos de canções que as vestem tão bem, cm se fossem feitas pra que foi e é vivido.
Essa particularmente é mto bonita, não há ngm q não possa crer q nasceram um pro outro, se cabem direitinho.
=)
Te amo!
=***
Muito bom seus textos... estava sentindo falta... Bom "visitar"os amigos novamente...
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