Os estragos foram feitos, independentemente se as intenções
eram boas ou más. Os danos estão por toda parte e é impossível conviver sem
magoar. Embora, seja cada vez mais complicado delegar culpas e sentenças. Não é
como pensei, na verdade muita coisa não aconteceu como um dia imaginei que
seria. Muito previsível seria a vida se coubesse dentro dos meus raciocínios e
expectativas, muito mesquinha seria se circulasse apenas ao redor do meu
umbigo.
Afinal, são várias vidas que se entrelaçam e dissipam –
formando uma dança de aspectos diversos. A distância cresceu e hoje já não
temos muita coisa em comum – e pra ser sincera, talvez porque eu me esforce
para não termos mais. Cruel? Pode ser... Mas é a maneira que eu encontrei para
vislumbrar um caminho diferente para mim. Pra me libertar de algumas imposições
do destino.
A maneira que eu adaptei para conseguir caminhar somente com meus
pés – parece mesmo, que a caminhada é, em seu âmago, solitária e
desencavar esta verdade é bem doloroso. Mas, necessário, senão não há crescimento.
Quero crescer e sair da tua sombra. Voar para qualquer lugar onde não possa ver
o que fazes de ti.
Não sei o motivo das coisas e nem posso dizer que esta
verdade seja absoluta. Posso afirmar que tenho tentado me proteger sob tudo que
mais acredito e que me fortalece. Luto contras minhas próprias contradições
numa vontade desesperadora de me tornar uma e una. E assim gasto meus dias não
querendo ser melhor do que tu, apenas diferente de tudo que há em ti e que me
entristece. Sem alegações ou culpas, é cada um por si.
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