29 de setembro de 2008

Sonho de mel e chuva




"Porque se chamavam homens, também se chamavam sonhos e sonhos não envelhecem" Clube da esquina

E quem não sonha? Há muito já morreu, definitivamente. Sonhar é a clorofila da vida, é a única possibilidade irrestrita num mundo sempre tão limitado de possibilidades. Envelhecer quase sempre é perder as certezas, mas não as esperanças e jamais os sonhos. Eles ficam ali na estante lindos e belos piscando pra mim com um riso indecifrável e olhar de esfinge. Quando crianças são os super poderes, quando adolescentes com a popularidade e aceitação do grupo social desejado e quando adultos a independência em todos os sentidos e quando velhos os sonhos nossos passam a ser os sonhos dos filhos e dos netos. É quando deixamos de ser bem menos egoístas... Mas, é preciso acreditar nos sonhos é vital é não se deixar calar pela voz da solidez da razão. É pairar em pleno vôo. Fechar os olhos e sorrir sozinho dos seus próprios anseios. Sonhar é como andar nas estrelas , essencial! É preciso sonhar com um amor pra vida toda, com um emprego maravilhoso , com filhos saudáveis e até mesmo com tempos mais agradáveis. O importante é tirar os pés do chão e deixar a loucura acorrentada gritar sua alforria. Ás vezes é importante cometer loucuras das quais se rirá amanhã. O importante é não se deixar prender pelas correntes da gravidade, não, jamais. "Lembra que o sono é sagrado e alimenta de horizontes o tempo acordado de viver" já disse lindamente Beto Guedes. Rompa as correntes do comodismo e se entregue a tudo que é verdade pra você. Vá em busca de seus sonhos mesmo que sejam feitos de mel e chuva. Lance-se ao cais. Na busca incessante do que é felicidade. A tristeza já toma muito tempo e o importante é voar além das montanhas e de todas as dores de estar vivo e aqui.

Ananda Sampaio***

3 comentários:

Luciana Lís disse...

Pensei em duas coisas de dois Milton's:
"Sonhar obriga o homem a pensar", Milton Santos;
e "Para quem quer se soltar invento o cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento lua nova a clarear
Invento o amor e sei a dor de me lançar
Eu queria ser feliz
Invento o mar
Invento em mim o sonhador
Para quem quer me seguir eu quero mais
Tenho o caminho do que sempre quis
E um saveiro pronto pra partir
Invento o cais
E sei a vez de me lançar", Cais, do Milton Nascimento.

Perfeito, não?
Te amo Ananda, querida amiga.

Anônimo disse...

é o que da vida, o que me faz crescer.


:D


Beijos.


nessatelacinza.blogspot.com

Ana Amelia Teixeira disse...

Já dizia Fernando Pesooa:
Deus quer, o homem sonha e a obra nasce...