21 de outubro de 2008

Madrugada


" Vento solar e estrelas do mar.
Você ainda quer morar comigo?" Lô Borges

Cala e deixa o vento te dizer, meu bem. Dizer as palavras que eu sempre te digo, mas que talvez tenham se tornado cansadas pra ti. Deixa que ele te diga: 'eu te amo' e quando você ouvir pense em mim, mais um pouco. Quando de repente, pelas madrugadas das sextas ou sábados da vida eu acordo e me deparo contigo ali perto de mim, algo de bem mais sublime me toca. Beija meu coração, acaricia minha alma. É a tua presença, rémedio do irremedável.

Nas madrugadas que os faróis dos carros iluminam nosso quarto através da janelinha minúscula daquela parede ali a direita de nós, eu vejo teu rosto entre sombras. O fundo dos teus olhos, tão cerrados como cortinas ao final de um exaustivo espetáculo. E eu gosto, ah.. como eu gosto. De saber que estás ali ao alcance das minhas mãos e no percurso dos olhos meus.

Eu te amo, meu bem. E até eu me cansei dessa ladainha sem fim. Prefiro encontrar, caçar por entre as vertentes de minha alma algum pedaço que não seja seu, ou alguma palavra doce de amor que eu já não tenha dito. Não quero que minhas palavras (sempre as mesmas) te cansem.

Esse código restrito que é a língua me impede de dizer o quanto há ainda e que não há mais como ser dito.


Ananda Sampaio***

3 comentários:

Anônimo disse...

Tenho certeza que ele nunca irá se cansar de ouvir essas repetidas lindas palavras..
bjuxx!!!

Anônimo disse...

Meu amor, eh bem verdade, suas palavras nao me cansam, na verdade me confortam, me fazem feliz! Você me faz feliz! É muito bom te amar e melhor ainda ser amado por você. Eu te amo também, meu bem! tenha certeza disso! um bjooo

Anônimo disse...

nossa que lindo...sua amiga de peixei falou maravilhas dos seus escritos.beijos.