10 de janeiro de 2009

Dúvida






"Meu bem, mas quando a vida nos violentar
Pediremos ao bom Deus que nos ajude
Falaremos para a vida: "Vida, pisa devagar
Meu coração cuidado é frágil;
Meu coração é como vidro, como um beijo de novela"" Belchior



Amar é dar ao outro uma permissão perigosa. Permissão de mágoas, lágrimas e risos fáceis demais. Não há dinheiro que resolva ou remédio que alivie. Se você não me sorri como de costume, alguma dúvida cutuca meu coração e machuca minha alma.


Você não é o diabo, mas vendi a ti minha alma numa liquidação qualquer. Tão barato que nem percebi que já era tua e que a minha assinatura marcava aquele contrato. Não sei se nessa negociação haverá alguma vantagem pra mim.


O que está feito, está feito. Só há em mim um conteúdo e eu aceitei conscientemente me entregar a ti. De uma forma tão destabanada , que ás vezes é clichê demais. Mas, eu gosto.Amo e me satisfaço com os carinhos que decides entregar a mim, embalados em papel de presente. Eu gosto das poucas coisa que você distribue e me entrega assim, como quem nada quer.


E sinto um medo, sombra que por vezes escurece meu coração. De estarmos vivendo o que ninguém mais vive e nem sente.Pergunto-me se são de verdade os sentimentos e as palavras sempre tão soltas no ar. Uma verdade que criamos, ou uma mentira que cultivamos?!


Ananda Sampaio**

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