Estávamos em Paris – nos dois. Juntos, amarrados. Um só nó. Você me sorria e tudo ao nosso redor era belo. Éramos nós dois o centro gravitacional daquele mundo. O mundo que a nós tudo permitia – e era um sonho. Eu, você e Paris.
Que saudade eu sinto daqueles dias, que foram nossos, que foram rápidos, que foram... Sonhos? Seria sonho o contato da tua pele na minha? O café de Flore?
Não sei... Pouco me importa. A vida dos sonhos também é vida. E se não foi real, se nossos corpos [materialmente falando] não estiveram lá não faz diferença. Importante é saber que teus olhos me olharam daquele jeito. Que eu te dei a mão e dançamos La vie en rose.
Rodopiamos e nossos pés saltaram, nossos corações compassados num só ritmo. E ao nosso redor nos abraçava a cidade luz. E todo nosso desejo ficou ali, plantado e regado em Paris. A cidade dos amantes – dos românticos.
E com clarividência vivi aqueles dias e aquelas noites. Fato é que por alguns instantes, delírios nos alimentam e que sonhos não são vãos. Por alguns instantes basta fechar os olhos... E o mundo se abre perante mim.
E tal qual uma criança no playground – eu me dou asas e acredito nos tentáculos invisíveis do destino, do amor e tudo aquilo que te afastou e te trouxe pra mim. E sei que Paris nos espera, será nossa. Enquanto não chegamos lá, por favor, abre os braços e me aperta. Porque, eu sei Paris existe em nós aonde quer que estejamos.
Ananda Sampaio***
Nenhum comentário:
Postar um comentário