21 de agosto de 2014

Um pouco de paz e vinho branco



Talvez sejam as luzes outonais que refletem no teu cabelo e me fazem crer que não ninguém no mundo igual a ti. Pode ser que seja preciso ouvir a música pra eu saber que você está por perto, essa canção somente eu posso ouvir.

Talvez tuas mãos e o calor dos teus dedos entrelaçados aos meus seja suficiente pra me sentir segura e até com peito e coragem pra encarar o mundo, quase sem medo. Teus olhos piscam e sei que a vida vale a pena e que quando a gente deixa de enxergar a beleza simples e autêntica que há no outro deixamos de amar. Inclusive, a nós mesmos.

Adoro sapatos vermelhos e vestidos de bolinha e você ri da minha obsessão, entende isso como um traço quase infantil da minha personalidade.  E se diverte com a minha inquietude, corto o cabelo e há pouco já quero que ele cresça para simplesmente cortar de novo.

Pequenas mudanças, aquelas que podem estar no nosso controle me fascinam, descobri isso. Maquio meu rosto com uma nova cara pra fingir que estou de alma nova. Besteira, balela ou infantilidade. A verdade é quase nada é sobre mim de verdade. A maioria das coisas é sobre nós ou sobre como somos quando estamos juntos.

Só encontro uma palavra: paz.

A paz de quem divide o mundo, as dores e o milk shake. A paz de quem pode ser o que se é. (No games)
A paz dos dias de sono prolongado, a paz que há na casa limpinha e no edredom quentinho, a paz do vinho branco.

A paz da voz de Gilberto Gil quando canta a paz.

Ananda Sampaio

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