Talvez sejam as luzes outonais que refletem no teu cabelo e
me fazem crer que não ninguém no mundo igual a ti. Pode ser que seja preciso
ouvir a música pra eu saber que você está por perto, essa canção somente eu
posso ouvir.
Talvez tuas mãos e o calor dos teus dedos entrelaçados aos
meus seja suficiente pra me sentir segura e até com peito e coragem pra encarar
o mundo, quase sem medo. Teus olhos piscam e sei que a vida vale a pena e que
quando a gente deixa de enxergar a beleza simples e autêntica que há no outro
deixamos de amar. Inclusive, a nós mesmos.
Adoro sapatos vermelhos e vestidos de bolinha e você ri da
minha obsessão, entende isso como um traço quase infantil da minha
personalidade. E se diverte com a minha
inquietude, corto o cabelo e há pouco já quero que ele cresça para simplesmente
cortar de novo.
Pequenas mudanças, aquelas que podem estar no nosso controle
me fascinam, descobri isso. Maquio meu rosto com uma nova cara pra fingir que estou
de alma nova. Besteira, balela ou infantilidade. A verdade é quase nada é sobre
mim de verdade. A maioria das coisas é sobre nós ou sobre como somos quando
estamos juntos.
Só encontro uma palavra: paz.
A paz de quem divide o mundo, as dores e o milk shake. A paz
de quem pode ser o que se é. (No games).
A paz dos dias de sono prolongado, a paz que há na casa limpinha e no edredom
quentinho, a paz do vinho branco.
A paz da voz de Gilberto Gil quando canta a paz.
Ananda Sampaio
***
Nenhum comentário:
Postar um comentário