Não há rendimento, há apenas um
caminho sem volta. Agora, já não há mais bandeira branca, amor. E o que foi
feito está cravado a pele, como tatuagem que não se apaga e nem desbota. Uma
marca, profunda, concisa e sabida de si. Não daquela que com o passar do
tempo possa ser confundida com uma queda de bicicleta ainda na infância... Esta
está em toda sua forma, gritando e dizendo a que veio, como chegou a pele e como
um eterno lembrete estampará as páginas da vida de quem a carrega. Como um
desenho desvairado, às vezes disfarçada redondamente de um sol infantil.
Com ares de inocência, fulgor e
desengano. Tudo ao mesmo tempo, misturado. Como marca de boi, como marca de
nascença... Adquirida a partir de um novo nascimento – gerado por uma força quase
bruta, mas sutil. Daquela dor que se vive com ela e os dias até parecem
normais, mas já não claros e límpidos como antes.
Ela está ali: a dor, a cicatriz e
às vezes até lateja.
Ananda Sampaio***
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